Há no mercado uma infinidade de elixires e colutórios que podem ser considerados medidas químicas complementares da higiene oral. Estas formulações tornaram-se muito populares.
Mas será que elas substituem a escovagem?
Imaginemos duas situações ao lavar a loiça:
- Tentamos remover restos de comida de um tabuleiro apenas com água e detergente;
- O desafio é o mesmo, mas dessa vez temos um esfregão.
Qual das duas maneiras limpará a sujidade de forma mais rápida e eficaz? Com o esfregão, claro!
A escovagem dos dentes e o uso do fio dentário são medidas mecânicas eficazes e eficientes de remoção da placa bacteriana. Portanto, apesar de algumas publicidades nos induzirem a pensar que os elixires/colutórios substituem a escovagem, tal não é verdade.
Outro fator a considerar é que a maioria das formulações, além de conter álcool na sua composição (como é o caso dos elixires), atua indiscriminadamente nas bactérias da cavidade oral, levando à morte tanto de bactérias maléficas como de bactérias benéficas.
O corpo humano é repleto de bactérias e, numa situação de equilíbrio, a convivência com elas é não só aceitável como até, em alguns casos, desejável (como no caso dos processos digestivos e intestinais).
Assim, pessoas em condições normais de saúde oral e geral não necessitam recorrer ao uso destas formulações para complementar a higiene oral.
O uso dos elixires/colutórios tem indicação em situações específicas e pode variar de pessoa para pessoa. Por isso, antes de considerar o uso destas formulações, consulte o um médico dentista.